quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Áustria: O centro do mundo



            Diz a lenda que enquanto o último maestro de Salzburgo permanecer vivo e guiando a sua orquestra, haverá paz no mundo. Vez ou outra, os músicos tiram o dia para descansar, com tantos calos nos dedos, e é nesse momento que o terror se assola por todos os cantos: conflitos, guerra e fúria. São raros os tempos em que tiram férias, mas esses são suficientes para fazer todos temerem, tamanha é a mudança que ocorre. O caos se instala.
            Por ser a terra de Mozart, o seu primeiro movimento de Eine Kleine Nachtmusik parece reger todo o ambiente, aquele centro histórico dotado de torres e lagos sem iguais. Todos os cidadãos invariavelmente andam ao mesmo ritmo, inspirados e declaradamente amantes da arte. Festivais por todos os lados. Música, música, música. Para que tantas notas? Nós temos que espalhar esse sonho melódico para o mundo, pois somos o centro dele!
            Ora, não se sentem superiores por estarem no coração da Europa. Apenas batem os pés, as mãos, o corpo inteiro. Pulsam na vontade de fazer o mundo viver por meio da paz e ela só seria alcançada com a arte.
            Stalzburgo é a capital da serenidade. Alguém inventou de dizer, criando, assim, o grande festival da cidade, logo após a Primeira Guerra Mundial. Ele revelaria o que há de melhor do mundo, trazendo todos para um sentimento pacífico, essa vontade de ficar dançando e dançando,... Mas os músicos descansaram alguns minutinhos e: Estourou A Segunda Guerra. Corram, corram e arrumem a orquestra!
            E orquestravam, assim, o plano para a mudança. Batiam no peito, austríacos, inspirados pelo tal de Mozart. Homem importante, o grande profeta! Ele ensinou o poder de uma bela canção. Você consegue se emocionar com a melodia? Todos se comovem! Somos absolutamente apaixonados pelo soar das notas e pelo mover de dançarinos.  

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